em obrigado, Opus Dei
Por Rosana de Lima
Rosana, numerária auxiliar do Opus Dei, nos fala de como aprendeu a valorizar os serviços domésticos e similares a partir das idéias de São Josemaria. Faz também interessante comparação entre algumas citações de James Hunter em seu livro “O Monge e o Executivo” e o que lhes ensinou o Fundador da Obra.

São Josemaria foi e continua sendo um revolucionário no que diz respeito à sociedade feminina. Nesses 77 anos da fundação da seção feminina no Opus Dei, vale destacar o quanto ele influenciou na vida de muitas de nós que, com a vocação de numerária auxiliar, nos dedicamos profissionalmente às tarefas domésticas de nossos centros, e o que para mim pessoalmente abriu um horizonte sem fim na concepção desse trabalho.

Fui criada em um ambiente, cidade operária, cuja mentalidade é de que o trabalho doméstico é para quem não teve outra coisa melhor para fazer, ou trabalha nisso porque não conseguiu estudar, não tem uma qualificação técnica, precisa ajudar a família e não pode escolher em que trabalhar… Eu mesma nunca havia trabalhado em casa de família, um pouco pelo preconceito. Quando conheci um Centro da Obra e fui trabalhar numa administração, as tarefas que realizava eu considerava como sendo para minha família, tal era a confiança e o valor que se dava ao serviço.

Na Obra se procura dar a todos, independente do nível social, uma formação cultural, profissional e espiritual elevada e não é diferente para as moças que se dedicam à profissão do lar. Nosso Fundador incentivou a dar uma qualificação técnica ao trabalho doméstico. Hoje existem escolas no mundo todo que promovem esse trabalho com uma formação muito abrangente, tratando de nutrição, dietas básicas, restaurante, trabalho em equipe, comunicação, etiquetas, governança, ergonomia e muito mais, onde todas as alunas saem com uma bagagem profissional maior do que se fizessem um curso superior, me atreveria a dizer, e com uma auto-estima capaz de enfrentar qualquer ambiente adverso, pois adquirem o orgulho de fazer da profissão um serviço, como qualquer outra profissão.

É bonito ver como São Josemaria valorizou e fez valorizar essas tarefas, pois via a transcendência tanto no campo material, pois vai ao encontro das necessidades básicas das pessoas, como no âmbito espiritual, pois se pode chegar a uma intimidade grande com Deus pela simplicidade das tarefas que se realiza e pela identificação que têm com as que realizou na terra Nossa Senhora. Nosso Padre legou a todas suas filhas pequenas o carisma, vamos dizer assim, de serem mães, fazendo-nos geradoras do ambiente de lar dessa família que é o Opus Dei. É uma grande responsabilidade fazer com que todos os membros da Obra, me desculpem as mães, não sintam falta de suas mães devido à falta de cuidados da administração.

São Josemaria foi o precursor e o “inspirador” de muitos autores, que de um tempo para cá estão invertendo a pirâmide organizacional de suas empresas, pois estão se dando conta de que os que estavam na última escala, os funcionários subalternos como, por exemplo, os funcionários da cozinha, da recepção ou limpeza são os que estão em contato direto com os clientes e há que investir na qualidade do setor de serviços e do atendimento dos clientes. Como diz James Hunter em “O monge e o executivo”: “Um líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados… para liderar você deve servir”. E mais: “Os escravos fazem o que os outros querem, os servidores fazem o que os outros precisam”. Se isso fazem no campo meramente humano para conseguirem lucros em suas empresas, São Josemaria nos ensinou com menos palavras:”Para servir, servir”; e para conseguirmos muito mais numa empresa divina. Reconhecendo na prática a vida de Cristo que se resume na frase ”Não vim para ser servido, mas para servir”, não se pode imaginar perspectiva maior para qualquer trabalho na terra.

Rosana de Lima

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