Nesta ficção histórica (O Código Da Vinci) o autor descreve a Igreja Católica, representada pelo Vaticano e pelo Opus Dei, capaz de todo tipo de crimes, chegando a assassinar cinco milhões de mulheres (bruxas) e hereges; o que é um absurdo histórico. Em oposição à mentira e impostura do Cristianismo, o autor apresenta como verdadeira a religião dos cultos pagãos anteriores ao Cristianismo, que adoravam a divindade feminina e praticavam o sexo sagrado.
O Opus Dei é apresentado como uma sociedade secreta a serviço da Igreja e que confronta o Priorado de Sião na busca do Santo Graal (sangue real), que seria o túmulo de Maria Madalena, onde estariam outros documentos preciosos escritos por Jesus e deixados para Madalena, escondidos sob as ruínas do templo de Herodes. Quem tivesse posse desses documentos seria poderoso. Os Cruzados teriam tentado encontrar esses documentos, mas não conseguiram porque foram impedidos por um grupo de “nobres cavaleiros da verdade” chamados de Cavaleiros Templários, que estavam a serviço do Priorado de Sião. Os Templários teriam encontrado o Santo Graal e teriam negociado com o Vaticano enormes exigências. Saiba que nesta época a Igreja não tinha a sua sede no Vaticano e sim no Palácio do Latrão, doado pelo imperador Constantino. A residência do Papa no Vaticano só foi construída muito mais tarde.
Há muita invenção, maldade e perversão na obra. No entanto, os leitores mais despreparados podem ficar com a idéia de que a Igreja Católica, e em particular o Vaticano e o Opus Dei, é uma Instituição que não é digna de confiança. Visa-se, portanto, desprestigiar a Igreja.
Se de um lado o livro e o filme de Brown atacam pesadamente a Igreja e o Cristianismo, por outro lado abre as portas para uma evangelização junto àqueles que gostarão de saber a verdade. Por isso é necessário estarmos preparados para apresentar as devidas explicações históricas e religiosas. Deus, como sempre faz, saberá tirar desse mal algum bem para a Igreja; ela é invencível, jamais as portas do inferno a vencerão (cf. Mt 16, 18).
Felipe Aquino
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