em obrigado, Opus Dei
Por Antonio Carlos Abdalla
Antonio Carlos, curador e pesquisador de artes visuais, foi membro adscrito durante 4 anos. Hoje, admira a Obra e tem nela um apoio importante: “tenho certeza que conhecer o Opus Dei foi um dos pontos altos de minha formação”.

Fui membro adscrito do Opus Dei entre 1978 e 1982. Quando pensei em me afastar tive dúvidas – como não poderia deixar de ser – com relação ao que Deus me pedia e qual seria minha resposta. Nunca me voltei contra a Obra. Hoje sei que naquela hora via as coisas de um modo diferente, talvez sem a objetividade necessária. De qualquer forma, não senti uma pressão psicológica insuportável para que permanecesse ali, tanto da parte de meu diretor espiritual quanto de meu confessor. Apenas procurei conviver com a questão de meu possível afastamento, e me mantive, até o meu desligamento definitivo, fiel ao compromisso assumido.

O importante é que segui em frente nas minhas decisões, com a compreensão daqueles que me orientavam. Tudo o que me pediam era que eu fosse fiel à palavra dada e nada era mais justo! Perseverei um tempo com as armas possíveis. Não quis trair quem não me traía.

Quando me decidi por meu desligamento, em caráter irrevogável, deixei alguns amigos fiéis, com os quais tenho o maior prazer de conversar, sem censuras de ambos os lados. Depois de 25 anos de afastamento, as paixões arrefeceram e tenho na Obra um apoio importante.

Guardo, além desses bons amigos, uma devoção mariana que tem me sustentado nos momentos de apreensão e um fascínio contínuo por algo que não compreendo, mas que respeito: o transcendente mistério do Santíssimo Sacramento. Assim, rendo graças ao que me foi ensinado e àquilo que vivi com reta intenção! E espero contar com um sacerdote da Obra por perto quando a hora chegar!

Foi um privilégio ter sido da Obra. Hoje tenho certeza de que meu caminho não era ser do Opus Dei, mas também tenho certeza que conhecer o Opus Dei foi um dos pontos altos de minha formação.

Sei também que outros na Obra sempre me acolherão bem, como já constatei nas vezes em que conversei com meu antigo confessor – um homem que admiro e respeito profundamente. Nunca me esquecerei que ele esteve próximo de minha mãe num momento dramático da vida dela – e da minha também. Enfim, estou contente porque, apesar de ter sido da Obra apenas por aqueles 4 anos, observei o suficiente para aplicar até hoje o que aprendi.

Espero que um dia eu possa voltar a dizer que sou um católico fiel. Hoje, posso dizer que admiro a Igreja e o Opus Dei.

Antonio Carlos Abdalla, de São Paulo curador e pesquisador de artes visuais

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