em Evangelho do dia

23Ai de vós, Escribas e Fariseus hipócritas, que pagais os dízimos da hortelã, do endro e dos cominhos e deixais o que é de maior importância na Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Estas são as coisas que devíeis praticar sem omitir aquelas. 24Guias cegos, que filtrais o mosquito e engulis o camelo.

25Ai de vós Escribas e Fariseus hipócritas, que limpais por fora o copo e o prato quando, por dentro, estão cheios de rapina e de cobiça. 26Fariseu cego, começa por limpar o interior do copo e do prato para que o exterior fique limpo!

Comentário

  1. A hortelã, o endro (ou anis) e o cominho são ervas que os Judeus cultivavam e empregavam para aromatizar as casas ou para condimentar a comida. Sendo produtos insigni­ficantes não entravam no preceito moisaico do pagamento dos dízimos (Lev 27, 30-33; Dt 14, 22 ss.); este dizia respeito aos animais domésticos e a alguns dos produtos mais correntes do campo: trigo, vinho, azeite, etc. Não obstante, os fariseus, para ostentar o seu respeito escrupuloso pela Lei, pagavam os dízimos inclusive daquelas ervas. Era uma falsa manifestação de generosidade e de acatamento da Lei: o Senhor não a despreza nem a rejeita, apenas restabelece a ordem das coisas. E inútil cuidar os pormenores secundários, se não se cuidam as coisas fundamentais e verdadeiramente importantes: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
  2. Por escrúpulo de não se exporem a tragar algum insecto declarado impuro pela Lei, os fariseus chegavam a filtrar as bebidas através de um lenço. Nosso Senhor reprova-os por esse modo ridículo de se comportarem: filtrar cuidadosamente um mosquito, ter escrúpulo da menor coisa e tragar sem vacilação de nenhuma espécie o camelo: cometer grandes pecados.

25-26. Antes o Senhor tinha reprovado os fariseus pela sua hipocrisia nas práticas de piedade; aqui lança-lhes à cara a sua simulação no terreno moral. Os Judeus faziam nume­rosas abluções de pratos, copos e objectos de mesa, segundo as condições requeridas sobre a pureza legal (cfr Mc 7,1-4).

A imagem utilizada aponta para um nível mais profundo: o cuidado da pureza moral que está no interior do homem. Esta é a que primordialmente interessa: limpeza de coração, rectidão de intenção, coerência entre palavras e obras, etc.

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