em Evangelho do dia

16Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha e mandato designado. 17Ao verem-No, adoraram-No, mas houve alguns que duvidaram. 18Aproximou-Se Jesus e falou-lhes nestes termos: Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra . 19lde, pois, doutrinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-as a observar tudo o que vos mandei. Sabei que Eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.

Comentário

16-20. Este breve passo, com que se encerra o Evangelho segundo São Mateus, é de extraordinária importância. Os discípulos vendo o Ressuscitado adoram-nO, prostram-se diante d’Ele como diante de Deus. A sua atitude parece indicar que enfim são conscientes do que já, muito antes, tinham no coração e unham confessado: que o Seu Mestre era o Messias, o Filho de Deus (cfr Mt 16, 18; Ioh 1, 49). Apodera-se deles o assombro e a alegria diante da maravilha que os seus olhos contemplam, que parece quase impossível, se não o estivessem a ver. Mas era realidade, e o pasmo deixou passagem à adoração. O Mestre fala-lhes com a majestade própria de Deus: «Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra». A Omnipotência, atributo exclusivo de Deus, é também atributo Seu: está a confirmar a fé dos que O adoram. E, ao mesmo tempo, ensina que o poder que eles vão receber para realizar a Sua missão universal, deriva do próprio poder divino.

Recordemos diante destas palavras de Cristo que a autoridade da Igreja, em ordem à salvação dos homens, vem de Jesus Cristo directamente, e que esta autoridade, nas coisas de fé e de moral, está por cima de qualquer outra da terra.

Os Apóstolos ali presentes, e depois deles os seus legítimos sucessores, recebem o mandato de ensinar a todas as gentes a doutrina de Jesus Cristo: o que Ele próprio tinha ensinado com as Suas obras e as Suas palavras, o único caminho que conduz a Deus. A Igreja, e nela todos os fiéis cristãos, têm o dever de anunciar, até ao fim dos tempos, com o seu exemplo e com a sua palavra, a fé que receberam. De modo especial recebem esta missão os sucessores dos Apóstolos, pois neles recai o poder de ensinar com autoridade, «já que Cristo ressuscitado antes de voltar ao Pai (…) lhes confiava deste modo a missão e o poder de anunciar aos homens o que eles próprios tinham ouvido, visto com os seus olhos, contemplado e palpado com as suas mãos, acerca do Verbo da vida (1Ioh 1, 1). Ao mesmo tempo confiava-lhes a missão e o poder de explicar com autoridade o que Ele lhes tinha ensinado, as Suas palavras e os Seus actos, os Seus sinais e os Seus mandamentos. E dava-lhes o Espírito para cumprir esta missão» (Catechesi tradendae, n., 1). Portanto, os ensinamentos do Papa e dos Bispos unidos a ele, devem ser recebidos sempre por todos com assentimento e obediência.

Também comunica ali Cristo aos Apóstolos e aos seus sucessores o poder de baptizar, isto é, de admitir os homens na Igreja, abrindo-lhes o caminho da sua salvação pessoal.

A missão que, em última análise, recebe a Igreja neste fim do Evangelho de São Mateus, é a de continuar para sempre a obra de Cristo: ensinar aos homens as verdades acerca de Deus e a exigência de que se identifiquem com essas verdades, ajudando-os sem cessar com a graça dos sacramentos. Uma missão que durará até ao fim dos tempos e que, para a levar a cabo, o próprio Cristo Glorioso promete acompanhar a Sua Igreja e não a abandonar. Quando na Sagrada Escritura se afirma que Deus está com alguém, quer-se dizer que este terá êxito nas suas empresas. Daí que a Igreja, com a ajuda e a assistência do seu Fundador Divino, está segura de poder cumprir indefectivelmente a sua missão até ao fim dos séculos.

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