em Evangelho do dia

6Não deis as coisas santas aos cães, nem Respeito deiteis as vossas pérolas aos porcos, não seja caso que eles as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.
12Tudo aquilo, pois, que quereis que os A outros vos façam a vós, fazei-o também vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas.
13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçosa a via que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. 14quão estreita é a porta, e apertada a via que leva à vida! E são poucos os que dão com ela.

Comentário

6. Nesta breve fórmula, a modo de sentença, Jesus ensina um discernimento prudente na pregação da palavra de Deus e na entrega dos meios de santificação. A Igreja, já desde o princípio, teve em conta esta advertência, que se manifesta especialmente no respeito com que rodeou a administração dos sacramentos e, de modo singular, a Santíssima Eucaristia. A confiança filial não exime do sincero e profundo respeito com que se deve tratar tanto Deus como as coisas santas.

12. A sentença de Jesus, chamada «regra de ouro», oferece um critério prático para reconhecer o alcance das nossas obrigações e da nossa caridade para com os outros. Mas uma consideração superficial correria o risco de mudá-lo num móbil egoísta do nosso comportamento: não se trata, evidentemente, de um do ut dês («dou-te para que me dês»), mas de fazer o bem aos outros sem pôr condições, como em boa lógica as não pomos no amor a nós mesmos. Esta regra prática ficará completada com o «mandamento novo» de Jesus Cristo (Ioh 13, 34), onde nos ensina a amar os outros como Ele mesmo nos amou.

13-14. «Entrai»: Este verbo no Evangelho de São Mateus têm frequentemente como termo o «Reino dos Céus» ou as Suas expressões equivalentes (a Vida, o banquete nupcial, o gozo do Senhor, etc.). Podemos interpretar que «entrai» Constitui um convite imperioso. A senda do pecado é momentaneamente prazenteira e não requer esforço, mas a sua meta é a perdição eterna. Pelo contrário, percorrer o caminho de uma vida cristã generosa, sincera e dura, é custoso — daí que Jesus fale de porta estreita e caminho estreito —, mas a sua meta é a Vida ou salvação eterna.

A senda do cristão é levar a Cruz. «Se o homem se determina a sujeitar-se a levar esta cruz, que é um determinar-se a querer de veras achar e levar trabalho em todas as coisas por Deus, em todas elas achará grande alívio e suavidade para andar este caminho assim, despido de tudo, sem querer nada. Porém, se pretende ter algo, quer de Deus, quer de outra coisa, com alguma propriedade, não vai despido nem abnegado em tudo; e assim, nem caberá nem poderá subir por esta senda estreita» (Subida ao Monte Carmelo, liv. 2, cap. 7, n° 7).

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