em Evangelho do dia

24Mas, naqueles dias, depois daquela tribu­lação, o Sol escurecer-se-á, e a Lua não dará a sua claridade, 25e cairão do céu as estrelas, e abalar-se-ão os exércitos celestes.

26Então verão vir o Filho do homem sobre as nuvens, com grande poder e majestade. 27E então enviará os Anjos e ajuntará os Seus escolhidos, dos quatro ventos, do extremo da Terra ao extremo do céu.

28Aprendei a parábola tirada da figueira: Quando já os seus ramos estão tenros e brotam as folhas, sabeis que está próximo o Verão. 29 Assim também vós, quando virdes suceder estas coisas, sabei que está perto, às portas. 30Em verdade vos digo que não passará esta geração, até que estas coisas se realizem. 31Passarão o céu e a Terra, mas as Minhas palavras não hão-de passar.

32Agora, quanto àquele dia ou hora, ninguém o sabe, nem os Anjos no Céu nem o Filho, só mente o Pai.

Comentário

24-25. Parece que as próprias criaturas irracionais no fim dos tempos expressarão a seu modo o estremecimento perante o Juiz Supremo, Jesus Cristo, que voltará na majestade da Sua glória. Cumprir-se-ão então as profecias do AT (cfr p. ex., Is 13, 10; 34, 4; Ez 32, 7). Por «potestades dos céus», alguns Santos Padres, como São Jerônimo (Comm. in Matth. Ad loc.) e São João Crisóstomo (Hom. sobre S. Mateus, 77), entenderam os anjos que se admirarão diante daqueles acontecimentos. Reforça esta sentença o uso litúrgico de nomear o conjunto dos anjos como «Virtutes caelorum» (cfr Missale Romanum, Praef. de Sanctis Martyribus, p. 430). Mas a frase pode entender-se também, segundo muitos outros comentaristas, como equivalente à anterior, de modo que poderia traduzir-se por «forças cósmicas» ou «astros do firmamento».

26-27. Jesus Cristo descreve aqui a Sua segunda vinda, no fim dos tempos, anunciada já pelo profeta Daniel (7,13). Com isso descobre o sentido último encerrado nas palavras do antigo profeta: aquele «como filho de homem» que Daniel viu, «a quem foi dado o poder, e a honra e o reino, e todos os povos, tribos e línguas o servirão», é o próprio Jesus Cristo, que reunirá à Sua volta os santos.

28-30. Já se advertiu, na nota a Mc 13,4, que os discípulos de Jesus, seguindo as ideias judaicas da época, não conce­biam uma separação entre a ruína de Jerusalém e o fim do mundo. Advertia-se também ao comentar Mc 13,4, que há uma certa relação entre ambos os acontecimentos, enquanto a destruição da Cidade Santa é figura do fim do mundo. Nosso Senhor, respondendo agora aos Seus discípulos, anuncia em Mc 13,30 que a ruína de Jerusalém sucederia dentro daquela geração, como na verdade aconteceu no ano 70, às mãos das legiões romanas. Para uma maior explicação da ruína de Jerusalém como figura do fim do mundo cfr a nota a Mt 24, 32-35.

  1. Com esta frase o Senhor dá uma especial solenidade às Suas palavras. Sublinha assim que o que Ele disse se cumprirá indefectivelmente.

Só Deus diz e faz, só quem é Senhor do Universo tem sob o Seu poder tudo o que existe, e Jesus recebeu do Pai todo o poder sobre os céus e a terra (cfr Mt 1 1 , 27 e 28, 18).

  1. Aludindo a este versículo explica Santo Agostinho (Enarrationes in Psalmos, 36, 1): «Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos foi enviado como Mestre, disse que nem sequer o Filho do Homem conhecia o dia do juízo, porque não entrava nas atribuições do Seu magistério o ensinar-no-lo».

Quanto à ciência de Jesus Cristo, isto é, aos conhecimentos que tinha durante a Sua vida na terra, vid. a nota a Lc 2, 52.

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