em Evangelho do dia

18 Enquanto assim lhes falava, aproximou- Ressurreição -se um chefe e,
prostrando-se diante d'Ele, disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem
impor a Tua mão sobre ela, e viverá.
19 Jesus levantou-Se e seguiu-o com os discípulos.
20 Nisto, uma mulher que, havia doze anos, padecia de fluxo de sangue,
chegou-se por detrás e tocou-Lhe na franja do manto, 21 porque dizia consigo
mesma: «se eu tocar, ainda que seja só no manto, ficarei curada». 22 Mas Jesus
voltou-Se e, olhando para ela, disse: Confiança, filha. A tua fé te salvou. E
desde aquele momento ficou a mulher curada.
23 Quando Jesus chegou a casa do chefe e viu os tocadores de flauta e a
gente em grande alarido, disse: 24 Retirai-vos, que a menina não morreu, mas
dorme. E riam-se d'Ele. 25 Ele, porém, depois de terem feito sair a gente, entrou,
pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se. 26 E correu esta fama por toda
aquela região.

Comentário

18-26. Estamos perante dois milagres que se realizaram quase
simultaneamente. É clara a relevância dos dois factos prodigiosos. A
ressurreição da filha deste personagem, juntamente com a ressurreição do filho
da viúva de Naim e a de Lázaro, são as três ressurreições operadas por Jesus
que narram os Evangelhos. Pelos passos paralelos de Marcos (5, 21-43) e
Lucas (8, 40-56) sabemos que este homem principal era chefe da sinagoga e
se chamava Jairo. Assim pois, nos três casos ficam claramente identificadas as
pessoas que receberam o benefício de tais prodígios.
O relato evangélico mostra-nos, uma vez mais, a função que a fé
desempenha nas acções salvadoras de Jesus. No caso da doente de fluxo de
sangue, deve sublinhar-se que Jesus atende sobretudo à sinceridade e à fé
que demonstra a mulher ao superar os obstáculos para chegar a Ele. E
também é semelhante o caso de Jairo: deixando a um lado todo o tipo de
respeito humano, este homem, relevante na cidade, humilha-se visivelmente
diante de Jesus.
18. «Prostrando-se»: É o uso oriental para manifestar o respeito a Deus
ou a pessoas de categoria. Os gestos de reverência nos actos litúrgicos,
especialmente perante a Santíssima Eucaristia, são legítima e apropriada
manifestação externa da atitude interior de fé e adoração.
23. «Os tocadores de flauta»: O texto original diz «flautistas», que eram
os que normalmente acompanhavam com , sua música as honras fúnebres.
24. «Retirai-vos, a menina não morreu, mas dorme»: O mesmo dirá o
Senhor a propósito de Lázaro: «Lázaro, nosso amigo, está adormecido, mas
vou despertá-lo» (Ioh 11,11).
Ainda que Jesus fale de sono, não há a menor dúvida de que a menina
— como mais tarde Lázaro — tinha morrido, para o Senhor não há morte
verdadeira que não seja a do Castigo eterno (cfr Mt 10,28).

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