em Evangelho do dia

Com efeito, o Reino dos Céus é semelhante a um proprietário que saiu de manhã cedo a contratar trabalhadores para da vinha a sua vinha. 2E, tendo ajustado com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. 3Saindo depois, cerca da terceira hora, viu outros que estavam na praça ociosos 4e disse-lhes: «Ide também vós para a minha vinha, e dar-vos-ei o que for; justo». 5E eles foram. Tornando a sair, certa da hora sexta e da nona, fez na mesma. 6Enfim, cerca da undécima, saindo, encontrou lá outros parados e disse-lhes: «Porque estais aqui todo o dia sem fazer nada?» 7Responderam-lhe: «Porque ninguém nos falou». Disse-lhes: «Ide também vós para a minha vinha». 8Ao anoitecer, diz o dono da vinha ao feitor: «Chama os trabalhadores e paga-lhes a jorna, a começar pelos últimos até aos primeiros». 9E, chegando-se os da undécima hora, receberam cada qual um dinheiro. 10Quando chegaram os primeiros, julgaram que receberiam mais, mas receberam também eles cada qual um dinheiro. 11E, ao recebê-lo, murmuravam contra o proprietário 12e diziam: «Estes últimos trabalharam só uma hora e igualaste-los a nós que aguentamos o peso do dia e a calma!» 13Ele, porém, respondendo a um deles, disse: «Meu amigo, não te faço nenhuma injustiça? Não ajustaste comigo por um dinheiro? 14Toma o que é teu e vai-te. Quero dar a este último tanto como a ti. 15Ou não me será lícito fazer o que quero do que é meu? Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?» 16Assim, os últimos serão primeiros e primeiros os últimos.


Comentário

1-16. A parábola refere-se directamente ao povo judaico. Deus chamou-o na primeira hora, desde há séculos. Ultimamente chamou também os gentios. Todos são chamados com o mesmo direito a fazer parte do novo Povo de Deus, que é a Igreja. Para todos o convite é gratuito. Por isso, os Judeus, que foram chamados primeiro, não teriam razão ao murmurar contra Deus pela escolha dos últimos, que têm o mesmo prêmio: fazer parte do Seu Povo. À primeira vista, o protesto dos jornaleiros da primeira hora parece justo. E parece-o, porque não compreendem que poder trabalhar na vinha do Senhor é um dom divino. Jesus deixa claro com a parábola que são diversos os caminhos pelos quais chama, mas que o prêmio é sempre o mesmo: o Céu.

  1. «Denario» era uma moeda de prata com inscrição e imagem de César Augusto (Mt 22,19-21) e, como se vê aqui, equivalia ao jornal de um operário agrícola.
  2. Os judeus calculavam o tempo de modo diferente ao nosso. Dividiam a totalidade do dia em oito partes, quatro para a noite, que chamavam vigílias (Lc 12,38), e quatro para o tempo compreendido entre o nascer e o pôr do sol, que chamavam horas: hora de prima, de tércia, de sextae de noa.

A hora de prima começava ao nascer do sol e terminava pelas nove; a de tércia abarcava até às doze; a de sexta até às três da tarde e a de noa até ao pôr do sol. Por isso a duração das horas de prima e de noa era instável: minguava durante o Outono e o Inverno, e crescia durante a Primavera e o Verão; ao invés acontecia com as vigílias primeira e quarta.

Convém notar que por vezes se contavam as horas intermédias como aparece no v. 6, onde se fala da hora undécima talvez para recalcar o pouco tempo que faltava já para o pôr do sol, fim do trabalho.

16. A Vulgata, outras versões e bastantes códices gregos acrescentam: «Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos» (cfr Mt 22,14).

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