em Evangelho do dia

46Enquanto Ele falava ao povo, estavam fora Sua Mãe e irmãos, procurando falar-Lhe. 47Disse-Lhe alguém: Olha, Tua Mãe e Teus irmãos estão lá fora e querem falar-Te. 48Ele, porém, respondeu ao que Lho disse: Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos? 49E, estendendo a mão para os Seus discípulos, disse: Eis a Minha mãe e os Meus irmãos. 50Porque todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está nos Céus, esse é Meu irmão, e irmã, e mãe.

Comentário

46-47. «Irmãos»: Nos idiomas antigos hebraico, árabe, aramaico, etc., não havia palavras concretas para indicar os graus de parentesco que existem noutros idiomas mais modernos. Em geral, todos os pertencentes a uma mesma família, clã, inclusive tribo, eram «irmãos».

No caso concreto que aqui nos ocupa deve ter-se presente, além disso, que os familiares de Jesus eram parentes de diverso grau e que se trata de dois grupos: uns por parte da Santíssima Virgem, e outros de São José. Mt 13, 55-56 menciona, como a viver em Nazaré, Tiago, José, Simão e Judas «irmãos do Senhor», e alude também a «irmãs» (cfr Mc 6, 3). Por outro lado, Mt 27, 56 diz-nos que destes, Tiago e José são filhos de uma certa Maria, diferente da Virgem, e Simão e Judas não são irmãos de Tiago e José, mas, segundo parece, filhos de um irmão de São José.

Jesus, porém, era para todos «o filho de Maria» (Mc 6, 3) ou «o filho do carpinteiro» (Mt 13, 55).

A Igreja sempre professou com plena certeza que Jesus Cristo não teve irmãos de sangue em sentido próprio: é o dogma da perpétua virgindade de Maria (cfr a nota a Mt 1, 25). 48-50. E evidente o amor de Jesus por Sua mãe Santa Maria e por São José. O Nosso Salvador aproveita este episódio para nos ensinar que no Seu Reino os direitos do sangue não têm primazia. Em Lc 8,19 encontramos a mesma doutrina. O que faz a vontade do Seu Pai Celeste é considerado por Jesus como da Sua própria família. Por isso, mesmo sacrificando os sentimentos naturais da família, deverá abandoná-la quando lho peça o cumprimento da missão que o Pai lhe confiou (cfr Lc 2,49).

Podemos dizer que a própria Virgem Maria é mais amada por Jesus por causa dos laços criados entre ambos pela graça do que em virtude da geração natural, que fez d’Ela Sua Mãe segundo a carne: a maternidade divina é a fonte de todas as outras prerrogativas da Santíssima Virgem; mas esta mesma maternidade é, por sua vez, a primeira e a maior das graças outorgadas a Maria.

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