em Evangelho do dia

38Tomaram então a palavra alguns dos Escribas e Fariseus, dizendo: Mestre, queríamos ver-Te fazer um sinal. 39Ele, porém, respondeu-lhes: Esta geração, má e adúltera, pretende um sinal, e não se lhe dará sinal nenhum, senão o sinal do profeta Jonas. 40Pois, assim como Jonas esteve, três dias e três noites, no ventre do cetáceo, assim estará também o Filho do homem, três dias e três noites, no seio da terra. 41Os Ninivitas levantar-se-ão no dia do Juízo com esta geração e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas. E aqui está algo mais que Jonas. 42A rainha do Meio-Dia erguer-se-á no dia do Juízo com esta geração e condená-la-á, porque veio dos confins da terra, para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está algo mais do que Salomão.

Comentário

39-40. Este sinal que os judeus pediam pode ter sido um milagre ou outra acção prodigiosa; queriam que Jesus confirmasse com espectáculo o que pregava com simplicidade. Mas o Senhor responde-lhes anunciando o mistério da Sua Morte e Ressurreição, servindo-Se da figura de Jonas. «Não se lhe dará sinal nenhum, senão o sinal do profeta Jonas». Com estas palavras Jesus Cristo mostra que a Sua Ressurreição gloriosa é o «sinal» por excelência, a prova decisiva do caracter divino da Sua pessoa, da Sua missão e da Sua doutrina.

Quando o apóstolo São Paulo (1Cor 15, 3-4) confessa que Jesus Cristo «ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras» — com palavras que literalmente passaram para o símbolo Niceno-constantinopolitano, que é o Credo que se recita na Santa Missa —, sem dúvida está a aludir principalmente a este passo. Também vemos outra alusão à figura de Jonas nas palavras do Senhor, pronunciadas pouco antes da Sua Ascensão: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia» (Lc 24,45-46).

41-42. Nínive era uma cidade da Mesopotâmia (hoje Iraque), à qual foi enviado o profeta Jonas. Os ninivitas fizeram penitência (Ioh 3, 6-9) porque reconheceram o profeta e aceitaram a sua mensagem. Jerusalém, pelo contrário, não quer reconhecer Jesus, de quem Jonas era apenas figura. A rainha do Meio-dia é a rainha de Sabá, ao sul da Arábia, que visitou Salomão (1Reg 10, 1-10) e ficou maravilhada com a sabedoria que Deus tinha infundido no rei de Israel. Jesus está prefigurado também em Salomão, em quem ã tradição de Israel via o homem sábio por excelência. A censura de Jesus acentua-se com o exemplo de pagãos convertidos, e vislumbra-se a universalidade do cristianismo, que se implantará entre os gentios.

A frase de Jesus «aqui está algo mais que Jonas» e «…mais que Salomão» denota uma certa ironia. Esse «algo mais» na realidade é infinitamente mais, mas Jesus pretere suavizar essa diferença entre Ele e qualquer outro personagem, por muito importante que tivesse sido, do Antigo Testamento.

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