em Evangelho do dia

5Como alguns dissessem, a respeito do Templo, que ele estava guarnecido com belas pedras e oferendas votivas, respondeu: 6Dessas coisas que estais vendo, dias virão em que não se deixará pedra sobre pedra que não venha a ser derrubada. 7Eles perguntaram–Lhe: Quando serão então essas coisas, Mes­tre? E qual o sinal, quando estiverem para acontecer? 8Ele respondeu: Tomai cuidado em não serdes desencaminhados, pois muitos virão com o Meu nome, dizendo: «sou eu», e ainda: «Está próximo o tempo!». Não sigais atrás deles. 9Quando ouvirdes falar em guerras e tumultos, não fiqueis aterrados, pois isso tem de acontecer primeiro, mas não será logo o fim.

10Foi-lhes então dizendo: Erguer-se-á povo contra povo e reino contra reino; 11haverá grandes terramotos e, em vários sítios, fomes e epidemias; haverá coisas apavorantes e. lá do céu, grandes sinais.

Comentário

5-36. Os discípulos ponderam diante do Senhor a gran­deza do Templo. A este propósito Jesus desenvolve um longo discurso, conhecido com o nome de «discurso escatológico», porque versa sobre os acontecimentos finais da história. O passo é conservado também de uma maneira muito pare­cida pelos outros Evangelhos Sinópticos (cfr Mt 24,1-51; Mc 13,1-37). Nas palavras do Senhor enlaçam-se três questões relacionadas entre si: a destruição de Jerusalém — que teve lugar uns quarenta anos depois —, o fim do mundo, e a segunda vinda de Cristo em glória e majestade. Jesus, que também anuncia aqui perseguições contra a Igreja, exorta insistentemente à paciência, à oração e à vigilância.

O Senhor fala aqui com o estilo e a linguagem próprios dos profetas, com imagens tomadas do Antigo Testamento; além disso, neste discurso alternam-se profecias que se vão cumprir em breve com outras cujo cumprimento se difere até ao fim da história. Com elas Nosso Senhor não quer saciar a curiosidade dos homens acerca dos acontecimentos futuros, mas trata de evitar o desalento e o escândalo que poderiam produzir-se diante das dificuldades que se avizi­nham. Por isso exorta: «Tomai cuidado em não serdes desen­caminhados» (v. 8); «não fiqueis aterrados» (v. 9); «Tende cuidado convosco» (v. 34).

  1. Os discípulos, ao ouvir que Jerusalém ia ser destruída, perguntam qual será o sinal que anunciará esse aconteci­mento (w. 5-7). Jesus responde com uma advertência: «Não vos deixeis enganar», isto é, não espereis nenhum aviso; não vos deixeis levar por falsos profetas, permanecei fiéis a Mim. Esses falsos profetas apresentar-se-ão afirmando que são o Messias, isto é o que significa a expressão «eu sou». A res­posta do Senhor refere-se na realidade a dois acontecimentos que a mentalidade judaica via relacionados entre si: a des­truição da Cidade Santa e o fim do mundo. Por isso, falará a seguir de ambos os acontecimentos e deixará entrever que deve decorrer um longo tempo entre eles; a destruição do Templo e de Jerusalém é como um sinal, um símbolo das catástrofes que acompanharão o fim do mundo.

9-11. O Senhor não quer que os discípulos possam confundir qualquer catástrofe — fomes, terremotos, guerras — ou as próprias perseguições com sinais que anunciem a proximidade do fim do mundo. A exortação de Jesus é clara: «Não fiqueis aterrados», porque isto há-de suceder, «mas não será logo o fim»; pelo contrário, no meio de tantas dificuldades, o Evangelho ir-se-á estendendo até aos confins do orbe. Estas circunstâncias adversas não devem paralisar a pregação da fé.

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