em Evangelho do dia

13Ai de vós, Escribas e Fariseus hipócritas, que fechais aos homens o Reino dos Céus, pois que nem vós entrais nem deixais que entrem os que já iam a entrar. 14Ai de vós, Escribas e Fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de longas orações. Por isso recebereis maior conde­nação. 15Ai de vós, Escribas e Fariseus hipó­critas, que correis o mar e a terra para fazer um prosélito e, depois de feito, tornai-lo filho da Geena, duas vezes pior do que vós.

16Ai de vós, guias cegos, que dizeis: «Jurar pelo santuário não é nada; mas quem jurar pelo oiro do santuário, fica obrigado.» 17Insensatos e cegos! Pois qual é mais: o oiro, ou o santuário, que santifica o oiro? 18E: «Jurar pelo altar, não é nada; mas quem jurar pela oferenda que está sobre ele, fica obrigado.» l9Cegos! Qual é mais, a oferenda, ou o altar, que santifica a oferenda? 20A verdade é que quem jura pelo altar jura por ele e por todas as coisas que estão sobre ele. 21E quem jura pelo santuário jura por ele e por Aquele que nele habita. 22E quem jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por Aquele que nele está sentado.

Comentário

  1. Começam aqui as invectivas do Senhor contra o comportamento de escribas e fariseus. Estas queixas marcadas pela palavra ai! incluem a rejeição de um passado cheio de más acções e uma ameaça para o futuro, se não há conversão e arrependimento.
  2. Muitos manuscritos, por influxo de Mc 12,40 e Lc 20, 47, acrescentam o v. 14: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, sob o pretexto de longas orações! Por isso recebereis maior condenação». Com estas palavras o Senhor não reprova os fariseus por rezarem longas orações, mas pela sua hipocrisia e cobiça. Os fariseus, na verdade, através de muitas práticas externas de religião, procuravam ser considerados como homens de piedade, para se aproveitarem depois desta reputação diante das pessoas débeis, como eram as viúvas. Estas encomen­davam-se às suas rezas, e eles, em troca, pediam muitas esmolas. Jesus quer indicar com esta afirmação que a oração deve vir sempre de um coração recto e de um espírito generoso. Vejam-se as notas a Mt 6,5-8.
  3. Com a palavra «prosélito» designavam-se os pagãos que se convertiam ao judaísmo. Prosélito — segundo a sua raiz — indica « o que vem », o que se une por um chamamento de Deus ao povo escolhido, vindo da idolatria. Os fariseus não se poupavam a esforços para ganhar uma nova conversão. Nosso Senhor não os reprova pelo seu proselitismo, mas por se preocuparem exclusivamente por ter um êxito humano, por motivos de vangloria.

A desgraça destes prosélitos era que, tendo recebido a luz da revelação do Antigo Testamento, ficavam, todavia, nas mãos dos escribas e fariseus, que os imbuíam também da sua própria visão humana.

  1. A doutrina de Nosso Senhor sobre o juramento está exposta no Sermão da Montanha (Mt 5,33-37). Jesus elimina a casuística minuciosa dos fariseus para apontar directamente para a rectidão de intenção do que jura e para realçar a majestade e a dignidade de Deus. O que pede Jesus é um coração puro, sem engano.

O Senhor repreende sobretudo a atitude de desvirtuar o juramento, que tinham os doutores da Lei, faltando com isso ao respeito pelas coisas sagradas e, principalmente, pelo Nome Santo de Deus. Jesus chama a atenção, portanto, sobre o preceito da Lei: «Não tomaras em vão o nome do Senhor, teu Deus» (Ex 20, 7; Lev 19,12; Dt 5,11).

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