em Evangelho do dia

15Estando o povo na expectativa e todos a pensar intimamente em João, se não seria ele mesmo o Messias, 16tomou João a pala­vra, dizendo-lhes a todos: Eu baptizo-vos em água; mas vai chegar quem é mais forte do que eu, alguém cujas correias das sandálias não sou digno de desatar. Esse baptizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo. 17Tem na mão a pá de joeirar, para limpar a eira e recolher o trigo no Seu celeiro; mas a palha queimá-la-rá num fogo inextinguível.

2lTendo sido baptizado todo o povo e estando Jesus a orar, depois de baptizado, o Céu abriu-se 22e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba, e do Céu veio uma voz: «Tu és o Meu Filho muito amado; em Ti pus todo o Meu enlevo».

Comentário

15-17. Com o anúncio do Baptismo cristão e com expressivas imagens, o Baptista proclama que ele não é o Messias, mas que está a chegar e que virá com o poder de Juiz supremo, próprio de Deus, e com a dignidade do Messias, que não tem semelhança humana.

21-22. A Igreja recorda na sua Liturgia as três primeiras manifestações solenes da divindade de Cristo: a adoração dos Magos (Mt 2,11), o Baptismo de Jesus (Lc 3,21-22; Mt 3,13-17; Mc 1.9-11) e o primeiro milagre que fez o Senhor nas bodas de Cana (Ioh 2,11). Na adoração dos Magos, Deus tinha mostrado a divindade de Jesus Cristo por meio da estrela. No Baptismo a voz de Deus Pai, que «veio do Céu», revela a João Baptista e ao povo judeu — e neles a todos os homens — este profundo mistério da divindade de Cristo. Nas bodas de Cana, através de um milagre, Jesus «mani­festou a Sua glória, e os Seus discípulos acreditaram n’Ele» (Ioh 2,11). «Quando chegou à idade perfeita — comenta São Tomás — em que devia ensinar, fazer milagres e atrair os homens para Si, então teve de ser indicada a Sua divin­dade pelo Pai, a fim de que a Sua doutrina se tornasse mais crível. Por isso diz Ele próprio: ‘O Pai que Me enviou, Ele mesmo deu testemunho de Mim’ (Ioh 5,37)» (Suma Teológica, III, q.,39, a. 8 ad 3).

21. No Baptismo de Cristo encontra-se reflectido o modo como actua e opera o sacramento do Baptismo no homem: o Seu baptismo foi exemplar do nosso. Assim, no baptismo de Cristo manifestou-se o mistério da Santíssima Trindade, e os fiéis, ao receberem o Baptismo, ficam consagrados pela invocação e virtude da Trindade Beatíssima. Igualmente o abrir-se dos céus significa que a força deste sacramento, a sua eficácia, vem de cima, de Deus, e que por ele fica expedita para os baptizados a via do Céu, fechada pelo pecado original. A oração de Jesus Cristo depois de ser baptizado ensina-nos que «depois do Baptismo é necessária para o homem a oração assídua para conseguir a entrada no Céu; pois, embora pelo Baptismo se perdoem os pecados, fica, todavia, a inclinação para o pecado que interiormente nos combate, e ficam também o demônio e a carne que exteriormente nos impugnam» (Suma Teológica, III, q. 30, a. 5).

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