em Evangelho do dia

27Partindo Jesus dali, seguiram-No dois cegos, que diziam aos gritos: Compadece-Te de nós, Filho de David. 28Quando entrou em casa, aproximaram-se d’Ele os cegos, e Jesus  disse-lhes: Credes que vo-lo posso fazer? Dizem-lhe: Sim, Senhor. 29Entáo tocou-lhes os olhos, dizendo: Faça-se-vos segundo a vossa fé. 30E logo os olhos se lhes abriram, e Jesus disse-lhes terminantemente: Vede que ninguém o saiba. 3IEles, porém, saídos dali, espalharam a fama d’Ele por toda aquela terra.

Comentário

27-34. O Evangelista sublinha a reacção diferente que produzem os milagres. Toda a gente admite o poder divino tais factos, excepto os fariseus que, perante a evidência prodígios, atribuem estes a poderes diabólicos. A atitude farisaica endurece de tal modo o homem que a adopta, que o fecha para toda a possibilidade de salvação. Talvez o reconhecimento de Jesus como o Messias (chama-lhe: Filho de David, v. 27) por parte dos cegos tenha exasperado a paixão dos fariseus que, não obstante a doutrina sublime e os milagres de Jesus, continuam recalcitrantes na sua oposição.

Ao considerar este episódio não é difícil dar-se conta de que diante de Deus se dá este paradoxo: há cegos que veem e videntes que não veem nada.

  1. Por que é que o Senhor não queria que tornassem público o milagre? Porque tinha que seguir um plano progressivo na manifestação de que era o Messias, Filho de Deus. Por isso, não queria precipitar os acontecimentos nem que as multidões entusiasmadas o proclamassem o Rei Messias, com uma mentalidade nacionalista que Ele queria evitar.

Isto não era só um risco, mas uma realidade. Noutro momento, por altura do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes (Ioh 6, 14-15), «aqueles homens, ao ver o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o Profeta que vem ao mundo. Jesus, conhecendo que viriam para O levarem e O fazerem rei, retirou-Se de novo para o monte Ele sozinho».

31. Diz São Jerônimo (cfr Comm. In Matth.,9,31)que os cegos divulgaram o acontecimento, não porque se tenham negado a obedecer a Jesus, mas porque não encontraram outro meio de exprimir a sua gratidão. 35.    O Concilio Vaticano II recorre a este lugar para assinalar a mensagem de caridade cristã que a Igreja deve levar a toda a parte: «Efetivamente, a caridade cristã a todos se estende sem discriminação de raça, condição social ou religião; não espera qualquer lucro ou agradecimento. portanto, assim como Deus nos amou com um amor gratuito, assim também os fiéis, pela sua caridade, sejam solícitos para com os homens, amando-os com o mesmo zelo com que Deus veio procurá-los. E assim como Cristo percorria todas as cidades e aldeias, curando todas as doenças e todas as enfermidades, proclamando o advento do reino de Deus, do mesmo modo a Igreja, por meio dos seus filhos, estabelece relações com os homens de qualquer condição, de modo especial com os pobres e aflitos, e de bom grado por eles gasta as forças» (Adgentes, n. 12).

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