em Evangelho do dia

Seis dias depois, tomou Jesus a Pedro, a Tiago e a João, irmão deste, levou-os sós a um monte alto 2e transfigurou-Se diante deles. O Seu rosto brilhou como o Sol, e os vestidos tornaram-se brancos como a luz. 3Senão quando, apareceram-lhes Moisés e Elias a conversar com Ele. 4E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, é bom estarmos nós aqui. Se queres, faço aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias. 5Falava ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu, e uma voz, saída da nuvem, disse: Este é o Meu Filho amado, no qual pus as Minhas complacências. Ouvi-O!

6Os discípulos, ao ouvirem a voz, caíram de rosto por terra e ficaram transidos de medo. 7Mas Jesus aproximou-Se e, tocando-os, disse: Erguei-vos e não temais. 8E eles, levantando os olhos, não viram ninguém, senão a Jesus só. 9Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus: Não conteis a ninguém esta visão, até que o Filho do homem ressuscite dos mortos.

 

Comentário

1-13. Sabendo o escândalo que a Sua morte havia de produzir nos Seus discípulos, Jesus previne-os e conforta-os na sua fé. Não se contentou com anunciar-lhes que havia de morrer e ressuscitar ao terceiro dia, mas quis que dois dos três que seriam colunas da Igreja (cfr Gal 2,9) vissem no acontecimento da Sua Transfiguração um fulgor da glória e da majestade que no Céu tem a Sua Humanidade santíssima. O testemunho do Pai (v. 5), expressado com as mesmas palavras que no dia do Baptismo (cfr Mt 3,17), revela aos três Apóstolos que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Filho muito amado, o próprio Deus. Às palavras já ditas no Baptismo, acrescenta: «Ouvi-O», como para indicar que Jesus é também o profeta supremo anunciado por Moisés (cfr Dt 18,15-18).

  1. Moisés e Elias são os dois representantes máximos do Antigo Testamento: da Lei e dos Profetas. A posição central de Cristo indica a sua preeminência sobre eles e a do Novo Testamento sobre o Antigo.

Esta cintilação fulgurante da glória divina bastou para transportar os Apóstolos a uma imensa felicidade, que em Pedro produz um desejo irreprimível de alongar aquela situação.

5. Em Cristo Deus fala a todos os homens; a Sua voz ressoa através dos tempos por meio da Igreja: «A Igreja não cessa de ouvir as Suas palavras, volta a lê-las continuamente, reconstrói com a máxima devoção todo o pormenor particular da Sua vida. Estas palavras são ouvidas também pelos não cristãos. A vida de Cristo fala ao mesmo tempo a tantos homens que não estão ainda em condições de repetir com Pedro: ‘Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo’ (Mt 16,16). Ele, Filho de Deus vivo, fala aos homens também como homem: é a Sua própria vida a que fala, a Sua humanidade, a sua fidelidade à verdade, o Seu amor que abarca a todos. Fala, além disso, a Sua morte na cruz, isto é, a insondável profundidade do Seu sofrimento e do Seu abandono. A Igreja não cessa jamais de reviver a Sua morte na cruz e a Sua Ressurreição, que constituem o conteúdo da vida quotidiana da Igreja (..). A Igreja vive o Seu mistério, alcança-o sem nunca se cansar e busca continuamente os caminhos para aproximar este mistério do Seu Mestre e Senhor do gênero humano: dos povos, das nações, das gerações que se vão sucedendo, de todo o homem em particular» (Redemptor hóminis, n. 7).

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