em Evangelho do dia

21Na mesma ocasião, estremeceu de alegria no Espírito Santo e disse: Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos hábeis, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do Teu agrado. 22Tudo Me foi entregue por Meu Pai. E ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23E, voltando-Se em particular para os discípulos, disse: Felizes os olhos que veem o que estais a ver; 24pois vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais a ver e não viram, e ouvir o que estais a ouvir e não ouviram.

Comentário

  1. A este passo do Evangelho se costuma chamar «o hino de júbilo» do Senhor. Também se encontra em São Mateus (11,25-27). É um dos momentos em que Jesus manifesta a Sua alegria ao ver como os humildes entendem e aceitam a palavra de Deus.

Nosso Senhor mostra, além disso, uma consequência da humildade: a infância espiritual. Assim, diz noutro lugar: «Em verdade vos digo que, se não voltardes a ser como meninos não entrareis no Reino dos Céus» (Mt 18,3). Mas a infância espiritual não comporta debilidade, frouxidão ou ignorância: «Tenho meditado com frequência na vida de Infância espiritual, que não se contrapõe à fortaleza, porque requer uma vontade rija, uma maturidade bem temperada, tom caracter firme e aberto (…). Tornar-nos meninos… Renunciar à soberba, à autossuficiência; reconhecer que, sozinhos, nada podemos, porque necessitamos da graça, do poder do nosso Pai, Deus, para aprender a caminhar e para perseverar no caminho. Ser pequeno exige abandonar-se como se abandonam as crianças, crer como creem as crianças, pedir como pedem as crianças» (Cristo que passa, nos 10  e 143).

  1. «Esta é uma expressão maravilhosa para a nossa fé — comenta Santo Ambrósio — porque quando lês ‘tudo’ compreendes que Cristo é todo-poderoso, que não é inferior ao Pai, nem menos perfeito; quando lês ‘foi-me entregue’, confessas que Cristo é o Filho, ao qual tudo pertence de direito pela consubstancialidade de natureza e não por graça de doação» (Expositio Evangelii sec. Lucam, ad loc.).

Cristo aparece aqui Onipotente, Senhor e Deus, consubs­tancial com o Pai, e o único que pode revelar quem é o Pai. Ao mesmo tempo só podemos conhecer a natureza divina de Jesus, se o Pai — como fez com São Pedro (cfr Mt 16,17) — nos dá a graça da fé.

23-24. Sem dúvida que o ter visto Jesus pessoalmente foi uma sorte maravilhosa para aqueles que creram n’Ele. Não obstante, o Senhor dirá a Tome: «Bem-aventurados os que sem terem visto creram» (Ioh 20,29). São Pedro, por sua parte, diz-nos: «Amai-Lo sem O terdes visto; credes n’Ele igualmente agora, ainda que não O vejais; mas porque credes, regozijar-vos-eis com júbilo indizível e cheio de glória quando alcançardes o fim da nossa fé, a salvação das almas» (1Pet 1, 8-9).

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