em Evangelho do dia

31Na mesma altura, acercaram-se alguns Fariseus, que Lhe disseram: Sai, vai-Te daqui, porque Herodes quer matar-Te. 32Ele respondeu-lhes: Ide dizer a essa raposa: «Eu estou a expulsar Demônios e a realizar curas hoje e amanhã; ao terceiro dia atinjo o Meu termo. 33Contudo, hoje, amanhã e depois, devo seguir o Meu caminho, porque não se admite que um profeta pereça fora de Jerusalém ».

34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, 35quantas vezes Eu quis agrupar os teus «filhos, como a galinha a sua ninhada debaixo das asas!… Mas vós não quisestes! 36Pois bem, vai-vos ser abandonada a vossa Casa. Eu vos digo: Não Me vereis até chegar O momento em que digais: Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor.

Comentário

31-33. A cena parece ter tido lugar na região da Pereia, que tal como a Galileia estava sob jurisdição de Herodes Antipas (cfr Lc 3,1), filho de Herodes o Grande (cfr a nota a Mt 2,1). Noutras ocasiões São Lucas assinala que Herodes tinha desejos de conhecer Jesus e de presenciar algum dos Seus milagres (cfr Lc 9,9; 23,8). A advertência que estes fariseus fazem ao Senhor poderia ser um estratagema para O afastar dali. Jesus chama «raposa» a Herodes — e indirectamente aos seus cúmplices —, manifestando uma vez mais a Sua repulsa pelo fingimento e pela hipocrisia.

Na resposta Jesus faz-lhes ver que tem perfeito domínio sobre á Sua vida e a Sua morte porque é o Filho de Deus, e que apenas Se guia pela Vontade de Seu Pai (cfr Ioh 10,18).

  1. Jesus exprime o Seu amor infinito por meio dessa comparação. Santo Agostinho soube descrever o sentido tão entranhável da imagem: «Vós, meus irmãos, sabeis bem como adoece a galinha ao ter os pintainhos. Nenhuma ave manifesta a sua maternidade como ela. Com efeito, cada dia vemos como fazem os seus ninhos os pássaros, as andorinhas, as cegonhas e as pombas; mas só sabemos que são mães quando as vemos chocar nos seus ninhos. A galinha, porém, adoece de tal maneira ao ter os seus pintainhos que, ainda que não vão atrás dela, ainda que não a sigam os seus filhos, dás-te conta de que é mãe. Assim o indicam as suas asas caídas, e as suas penas encrespadas, e o seu peculiar cacarejo, e todos os seus membros lassos e abatidos; tudo isso, como digo, indica que é mãe, ainda que não se vejam os seus pintainhos. É assim como está doente Jesus…» (In Ioann. Evang., 15,7).
  2. O Senhor deixa ver a profunda dor da Sua alma diante da resistência de Jerusalém ao amor de Deus, tantas vezes manifestado. Mais adiante São Lucas fará notar que Jesus chorou diante de Jerusalém (cfr Lc 19,41). Veja-se também o que se diz na nota a Mt 23,37-39.
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